Vídeo Publicado em 14/11/2012 por Jonas Silva
A
afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos
sentimentos.
Ter
afinidade é muito raro.
Mas
quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Afinidade
é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam,
comovem ou mobilizam.
É
ficar conversando sem trocar palavras.
É
receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade
é sentir com.
Nem
sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta
gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos
amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir
com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É
olhar e perceber.
É
mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade
é jamais sentir por.
Compreende
sem ocupar o lugar do outro.
Aceita
para poder questionar.
Quem
não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Afinidade
é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É
conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das
impossibilidades vividas.
Afinidade
é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação.
Porque
tempo e separação nunca existiram.
Fonte:
Artur da Távola - Falando de Amor
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